Mães com filhos biológicos explicam por que ampliaram a família por meio da adoção

  • 12/05/2024
(Foto: Reprodução)
A aposentada, Raimunda Gonzaga e a médica Deborah Scardino tiveram filhos biológicos, mas sempre sonharam em ter uma filha. Mães com filhos biológicos explicam por que ampliaram a família por meio da adoção TV Verdes Mares/Reprodução Mulheres e mães realizadas, mas elas decidiram adotar e ampliar o amor materno. A aposentada, Raimunda Gonzaga e a médica Deborah Scardino tiveram filhos homens biológicos, mas sempre sonharam em ter uma filha. Foi por meio da adoção que ambas realizaram o sonho. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Ceará no WhatsApp De um lado, uma mãe humilde, cuidadora de um abrigo de fortaleza. Do outro, uma bebê pequena, engatinhando, deixada aos cuidados do município, sem família, nesse mesmo abrigo. E, entre elas, um encontro imprevisto, mas cheio de significado. "Me encontrei com a Alessandra, quando eu entrei simpatize logo, essa menina linda dela, ainda hoje eu amo", afirmou Raimunda Gonzaga. Raimunda Gonzaga com a filha adotiva Alessandra Costa. Amor à primeira vista TV Verdes Mares/Reprodução Há 33 anos, a aposentada decidiu se tornar mãe da jornalista Alessandra Costa. Ela já tinha cinco filhos, mas foi amor à primeira vista. Fez até promessa para conseguir adotar a criança. "Eu pedi a ele, São Francisco das Chagas, que me desse aquela criança para me criar, que ela não tinha pai, não tinha mãe e eu queria ser a mãe adotiva dela", conta emocionada. Hoje, Alessandra Costa está à espera do Arthur, seu primeiro filho. Ela conta que só soube que havia sido adotada com cerca de dez anos. Teve uma infância repleta de amor, legado da mãe guerreira, de uma família grande e amorosa e pretende passar para o pequeno que carrega na barriga. Dia das Mães: histórias de adoção "Eu sempre fui muito grata desde quando eu soube, né, eu sempre via ali como algo extraordinário para mim, eu acho que é a maior prova de amor que alguém pode dar para alguém, você amar alguém como ela me ama, sabendo o quanto ela me ama sem ter um pingo de sangue envolvido, né", explica. Espera de cinco anos A médica Deborah Scardino esperou cinco anos e um mês por uma filha. Mãe de três meninos biológicos, sempre teve o sonho, junto ao marido, de adotar. Conseguiu através do Entrega Legal e, hoje, com a bebê de oito meses nos braços, aguarda os trâmites finais do processo de adoção. A confirmação do nascimento da bebê veio em dezembro. "Na hora que abri a bolsa o telefone piscou, 'sua filha nasceu, três meses, muito emocionante. Fui para o carro chorando. Finalmente ela vai tá com a nossa família, entendeu?", afirmou Deborah Scardino. Com a chegada da filha tão aguardada e amada, o dia das mães ganhou um significado novo. "Para mim, cada um dos meus filhos, os quatro, são especiais de uma forma diferente... é um dia das mães único. Agora a família tá completa... tá completa", diz emocionada. Deborah Scardino tem três filhos homens e sempre sonhou em ter uma menina TV Verdes Mares/Reprodução Adoção, de forma planejada e assistida Nem sempre a chegada ao mundo de um bebê está cercada daquele momento mágico, de uma espera ansiosa por uma maternidade possível, planejada e sem conflitos. Para crianças que nascem em cenários vulneráveis, sem esse acolhimento maternal, e para mulheres que sonham em acalentar, a despeito do laço biológico, a adoção pode ser a resposta. Diversos mecanismos têm facilitado esse encontro. Um deles é a Lei Nacional de Adoção, de 2017, que trouxe alterações ao Estatuto da Criança e do Adolescente (Eca). A legislação incluiu no texto a chamada "Entrega Voluntária" que permite a uma gestante ou mãe entregar seu filho, ou recém-nascido para adoção, de forma planejada e assistida. LEIA MAIS: Dia das mães: Mulher adota os próprios irmãos no interior do Ceará e cuida deles desde a infância Mãe cearense reencontra, em Paris, filha adotada por casal francês há 31 anos Filho viaja de São Paulo ao Ceará e conhece mãe biológica aos 29 anos Mãe de cinco crianças 'adota' 400 meninos e meninas em creche no Ceará Em Fortaleza, o programa atende pelo nome de "Entrega Legal" e é coordenado pela Fundação da Criança e da Família Cidadã (Funci). "Se identificou, através do plano, um debate com toda a sociedade, as comunidades... aqui e acolá... atendimento à Lei da Adoção, uma lei nacional de 2017, então foi fortalecido... grupo de profissionais a Lei da adoção estabelecida no município de Fortaleza", explica o presidente da Fundação da Criança e da Família Cidadã (Funci), Raimundo Gomes de Matos. No ano passado, segundo dados da Funci, foram atendidos 62 casos em Fortaleza. Ao todo, 32 mulheres desistiram do processo e 24 entregas foram realizadas. As estatísticas mostram um lado importante do programa: que a mulher sempre vai ter opção de continuar ou não, sem julgamentos. É o que explica a coordenadora do programa Entrega Legal, Silvana Garcia. "A intenção do programa não é que ninguém entregue seus filhos, muito pelo contrário, nossa intenção é fazer com que essas mulheres possam ser apoiadas na decisão, e a decisão dela pode ser de entregar ou não entregar. Essas mulheres, às vezes, têm dificuldades e vulnerabilidades de todas as espécies, entre elas sociais, psicológicas e financeiras e, às vezes, as três vulnerabilidades envolvidas". O acompanhamento social e psicológico dessas mulheres é fundamental para que a decisão seja tomada de forma responsável. Para Silvana Garcia, é o que garante a proteção de todos os envolvidos. "Se essa criança foi entregue porque ela realmente queria entregar, essa criança está protegida e vai ganhar uma nova família, vai ter direito, que é um direito da criança, ter sua família e se ela não for entregue, se ela ficar com essa mulher, essa mulher tem a certeza que de fato era isso que ela queria"? "Muitas mulheres sentem vergonha, acham que não estão sendo, que estão sendo cruéis, que não estão sendo mães e, na realidade, isso é um direito, o que é crime é abandonar", completa Silvana Garcia. Assista aos vídeos mais vistos do Ceará:

FONTE: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2024/05/12/maes-com-filhos-biologicos-explicam-por-que-ampliaram-a-familia-por-meio-da-adocao.ghtml


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